sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017



Li "Os filhos da droga" quando era adolescente e foi um dos livros que mais me marcou nessa altura. Senti-me sortuda por ter a família que tinha, pelas oportunidades e condições de vida que me proporcionaram. Sentia empatia e até um pouco de pena da Christiane. Mas, acima de tudo, tirou-me  curiosidade que algum dia pudesse ter em experimentar drogas. Agora li "A minha segunda vida" e foi uma experiência totalmente distinta. A empatia desapareceu quase por completo, dando lugar em certas alturas até a uma certa irritação. É verdade que o ambiente familiar pode moldar as nossas vidas e o nosso carácter, mas isso não é desculpa nem justificação para tudo. Há muita gente oriunda de lares cheios de amor e condições e no entanto vão por maus caminhos. Como o contrário também acontece. Pessoas que apesar de tudo conseguem ser boas e tomar as melhores opções possíveis. É engraçado como a vida e a idade nos muda a maneira de pensar e de sentir.

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